Aprenda como sua empresa pode iniciar a adequação à LGPD com ações simples e eficazes, mesmo sem estrutura robusta. O importante é começar!

Semana passada eu saí de uma reunião com um cliente e uma fala dele me fez refletir bastante:
“Não sei se vamos conseguir fazer isso direito… e se a outra parte nem assinar? Quem foi que inventou essa história de LGPD aqui dentro?”

Embora dita em tom de brincadeira, a frase carrega uma dúvida real e comum a muitas empresas:
Se não for possível fazer tudo perfeitamente, será que vale a pena começar?

A busca pela perfeição pode ser um obstáculo

Essa inquietação é compreensível. Muitas vezes, diante de um desafio — seja ele jurídico, técnico ou até artístico — nossa tendência é recuar quando percebemos que não seremos capazes de alcançar o nível ideal logo de cara. Isso é verdade em especial no contexto da adequação à LGPD de pequenas e médias empresas.
O problema? Essa busca por perfeição pode levar à paralisia.

Quantas vezes deixamos de tentar algo porque sentimos que não vamos dar conta?

Vou abrir exemplos pessoais aqui. Meu primeiro impulso pode ser não querer começar algo que já sei que vai ser difícil. Seja na aula de aquarela, quando a professora propôe um exercício mais desafiador, ou no treino de corrida, quando o treinador propôe uma velocidade que nunca atingi. Sempre passa pela minha cabeça não fazer ou não tentar. Talvez isso faça sentido para você também quando pensou na implementação de um programa de privacidade, o impulso é o mesmo: “Se não vou fazer bem, melhor nem começar.”

Mas, como já disse Mario Sergio Cortella:

Faça o seu melhor nas condições que você tem, até que você tenha condições de fazer melhor ainda.

Na LGPD, o importante é agir — mesmo que seja com pouco

A adequação à LGPD é um processo contínuo. Não exige que sua empresa comece com um programa “estado da arte” — robusto, perfeito, digno de grandes corporações. O que ela exige, de fato, é intenção, responsabilidade e evolução.

Se você ainda não tem recursos ou estrutura para grandes implementações, comece com ações simples, mas poderosas:

  • Capacite sua equipe: Um treinamento básico já é um primeiro passo relevante! O time precisa começar a enxergar os dados pessoais circulando nas suas atividades diárias.
  • Mapeie seus fluxos de dados internos: Compreender como as informações circulam dentro da empresa ajuda a identificar vulnerabilidades e oportunidades de melhoria.
  • Crie consciência sobre o tema: Envolver os colaboradores e a liderança na conversa já transforma a cultura da organização.
  • Aprenda com os erros: Vazamentos e falhas podem acontecer. O que importa é reconhecê-los, corrigi-los e evitar repeti-los.

A boa-fé é um princípio valorizado na LGPD

A LGPD não espera o impossível. Ela considera o tamanho da empresa, a natureza das atividades e a capacidade de resposta. Mais importante do que estar “100% adequado” (que nem é uma meta atingível) é mostrar que você está se esforçando, que existe um plano, um movimento, uma intenção clara de proteger os dados pessoais sob sua responsabilidade.

A boa-fé e a tentativa de fazer o certo são valores reconhecidos pela própria legislação. E é sobre isso que a Sanatti fala e atua todos os dias: ajudar empresas a construírem sua governança em proteção de dados, passo a passo, com segurança e estratégia — não com perfeição imediata.

Sem terrorismo. Com estratégia.

Na Sanatti, acreditamos que adequar-se à LGPD não precisa ser uma experiência punitiva ou desmotivadora. Com orientação adequada, foco e ações progressivas, é possível construir um programa de privacidade sólido e coerente com a realidade do seu negócio.

O importante é começar. Do jeito que for possível.
Porque a proteção de dados não começa quando tudo está pronto — ela começa quando você decide se importar.

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